segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sexualidade na Terceira Idade


Em pleno século XXI, a nossa sociedade mantém o estereótipo no que se refere à sexualidade dos idosos, pois a sociedade vê os idosos como assexuados, mas eis uma boa notícia, esta ideia é completamente ERRADA.
Eis alguns mitos que ainda existem, no que diz respeito à sexualidade dos idosos – velho assexuado, perde interesse e a capacidade, mas o facto é que as relações sexuais são mantidas, podendo ocorrer redução da frequência, ou falta de interesse de parceiros.
Actualmente está a surgir um NOVO IDOSO! À que alterar novos conceitos e criar novos perfis de envelhecer.
Ao falar no termo sexualidade não devemos reduzir o termo apenas à procriação, genitalidade, orgasmos, pois a sexualidade ultrapassa esta dimensão.
Durante o processo de envelhecimento o ser humano experimenta alterações a diversos níveis: físico, biológico, psicológico e social. Estas alterações reflectem-se na vida sexual dos idosos.
Nas mulheres o processo de envelhecimento sexual tem uma marca biológica evidente a menopausa, nos homens menos evidente é designado por andropausa. Estas mudanças biológicas acarretam mudanças fisiológicas para ambos os sexos, por consequência não pode existir uma comparação da vida sexual presente com a do passado. Nesta nova fase ocorre um retardamento do processo de excitação e maior controlo do processo de ejaculação. Desfrutam de relações sexuais mais lentas, mais centradas nas carícias mútuas e comunicação.
A atitude negativa por parte dos filhos e da sociedade em geral, pode tornar-se numa dificuldade insolúvel na medida em que os persegue e culpabiliza.
Ainda existem na sociedade uma serie de falsas ideias associadas à sexualidade na terceira idade tais como: após a menopausa a mulher perde satisfação sexual, os idosos não têm interesses sexuais, não se interessam pela sexualidade e são perversos, os idosos com doenças deixam de ter actividade sexual. Sendo assim, pode-se concluir que a grande parte dos problemas sexuais dos idosos são psico-sociais.
Segundo a teoria de Maslow, o sexo é uma necessidade básica para a sobrevivência do ser humano, sendo assim o sexo é essencial ao longo do nosso ciclo vital. Na nossa sociedade por um lado estimulam a sexualidade mas por outro lado recriminam, aos jovens/adultos é permitido pois faz parte do processo normal, ao idoso é reprimido no sentido que o idoso é considerado assexuado. Mas esta repressão não possui qualquer sentido, pois o idoso continua a ter sentimentos, vontade, gestos, em poucas palavras: não lhes é retirada a capacidade de amar, sentir e desejar.
A vivencia da sexualidade é intrínseca a cada indivíduo e apesar de alguns aspectos comuns esta representa uma forma singular de se viver, sentir e estar no mundo.
A forma de viver a sexualidade ao longo da vida, vai-se alterando quer pelo amadurecimento, quer pelas alterações ao nível fisiológico, afectivo e emocional. As diferentes fases da vida comportam diferentes formas de viver, sentir a sexualidade.
O amor e a sexualidade estão sempre apostos para serem redescobertos aprendidos e revalorizados.

Autoria Helena Dias